DIREITOS HUMANOS NO CONTEXTO DA FORMAÇÃO DOCENTE EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Há que se destacar que os Direitos Humanos, em dias atuais, têm sofrido os mais diversos ataques, muitas vezes de espaços de poder que deveriam zelar por eles.

Uma das medidas do poder público para se reiterar a importância de tais direitos e promover sua divulgação e defesa foi a promulgação da Resolução nº 2/2015. Essa diz respeito à inclusão dos Direitos Humanos nas Universidades, estabelecendo diretrizes para o trabalho das temáticas relacionadas a esses, nos currículos de graduação e pós-graduação, de forma a garantir que os estudantes tenham acesso a conhecimentos e reflexões sobre essa importante área.

O caso da formação docente em Ciências Biológicas não é diferente. A partir dessa Resolução, pode-se trabalhar com os graduandos a questão dos Direitos Humanos, o que é essencial para a vida. O ponto crucial é que uma educação em Ciências Biológicas que desconsidere os Direitos Humanos é vazia e pouco contribui para a humanidade.

Ocorre que a abordagem dessa disciplina pelos educadores não pode se concentrar apenas em conceitos, é preciso, considerar sua aplicação à realidade e a interação com outras áreas do conhecimento. Portanto, o ensino de Ciências e Biologia nas escolas permite fazer a ligação entre os conteúdos e a realidade dos alunos. Daí a necessidade de ser uma formação docente em acordo com tais diretrizes.

Deve-se abordar, então, os Direitos Humanos na formação de professores de Ciências Biológicas, enfatizando a temática dos chamados conteúdos cordiais, quais sejam: o gênero, a diversidade sexual, a cultura afro-brasileira, a colonialidade e as questões ambientais, entre outros. A inserção dos Direitos Humanos nas disciplinas de Ciências e Biologia contribui para a qualidade do processo educacional, promovendo uma educação voltada para a valorização da vida em todas as suas dimensões e formas. Destarte, faz-se necessário repensar a identidade do docente de Ciências ou Biologia em um contexto de globalização e multiculturalismo, promovendo o reconhecimento da diversidade cultural e promoção do diálogo entre os saberes por meio do estudo e da propagação dos Direitos Humanos, e tudo aquilo que eles possam desencadear.

 

Sobre a autora do texto:

Sandra Soceki da Rocha
Mestra em Educação pela Universidade Federal do Paraná
Lattes: http://lattes.cnpq.br/8667304751056442 S

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